quarta-feira, 5 de maio de 2010

4e20

De repente o céu parece dois enormes elefantes brancos que sairam pra brincar.
O ceú está escuro, os elefantes escondem o sol.
E eu estou feliz.
Olho pro céu e sinto pureza.
Difícil é não acordar para sentir e ver tanta beleza em um evento tão singular.
E ando pela ruas como se fosse meu último dia.
Pensamentos de ontem e amanhã só me fazem desfocar do que quero hoje.
E continuo andando.
Meus pés estão encharcados.
Sinto apenas falta do carinho.
Sabe aquele que você nunca foi acostumado a deixar para trás.
E a satisfação de poder tê-lo a hora que desejar.
Sonho.
E sonhos são perigosos.
Eles te afastam da realidade e te trancam na própria realeza mágica do mundo das idéias e devaneios.
Ás vezes os dois mundos se confundem. E você pode sentir o gosto amargo da felicidade pura e instantânea.
E o cheiro do ar... Se parece sempre com aquele sutil cheiro de terra molhada.
O ar me toca parecendo delicadas mãos de uma menina de 16 anos.
Sinto um alívio.
E minha cabeça está vazia.
Vazia, cheia de idéias. Ainda flutuo entre o mundo real e o dos devaneios. Críticos, quando me deixo influenciar por outras mentes.
Penso no resto do mundo.
Penso nas pessoas que sentem o mesmo.
Penso nas que tentam sentir o mesmo e acabam matando a si mesmo, destruindo seu próprio mundo imaginário.
Penso nos medrosos, que deixam principalmente os sonhos para depois.
E ainda quero um abraço.
Ficar quente nos braços de alguém.
E poder sorrir.