segunda-feira, 28 de junho de 2010

Satisfação (ou Desespero)

Como criança que vai dormir tendo acabado de voltar da sorveteria e onde tinha experimentado 3 sabores diferentes.

Sobre o céu, ele pôde ver suas nuves cobrirem a lua.

Ele quer engolir o mundo.

Aranha.

E era frio, como ele gostava.

Como alguém que sai de casa numa nevasca e entra em outra casa de alguém louco e cheio de vida pra mostrar.

Pontos finais são interessantes.

Mas os de continuação são mais misteriosos.

Reticência, então...

Ele prefere lugares diferentes.

Ele ainda sonha em experimentar todas as sensações.

Mas seu porto fica cada dia mais longe.

E mar adentro se entrega.

Olhando sempre pro céu.

E suas estrelas estupidamentes bonitas.

Há navios perdidos.

Sobre o mar ele pôde sentir na pele a sensação de prisão e liberdade de estar imerso.

Era bom.

Prefiria não lembrar.

Queria sonhar.

Como astros, que se conhecem e não se tocam.

Não.

O toque.

Sobre o ar ele não podia falar nada.

O ar existe?

Este que cerca sua boca é o mesmo?

Espaço.

Pouco espaço.

Quer perto.

Só.

Só a dois.

Três.

Como o ar, ele quer não existir e tocar tudo. Sem prender como o mar ou se esconder como a lua no céu ...

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