A falta que coisas simples e pequenas
Me fazem.
Me complicam.
Me confundem.
Me interpelam.
Me guiam em direção a outro abismo, dessa vez,
Sem ninguém.
E os compromissos se vão e se perdem.
E a dor não diminui.
A falta de tempos mais coloridos,
Mais amarelo-vivo.
Queria te odiar,
Mas não consigo.
Queria me libertar,
Sempre há perigo.
Periga de eu me perder e não conseguir mais encontrar o caminho de volta.
O vazio que aparece em meu intimo quando começo a chorar, vai e me devora.
E pra que a volta?
Voltar a pedaços e mais pedaços de puras idealizações projetadas,
Criadas e alimentadas por uma vontade infantil de amor e proteção.
E que se destrua a instituição,
A moral,
O conceito,
E tal.
Mas quem consegue destruir o amor?
Hoje, maldito,
Perseguido por toda tela de vidro,
Desprezado e confundido
Ao(s) vivo(s).