domingo, 15 de março de 2020

Se(nti)r

Se mostra, do jeito que te for mais confortável. Não precisa falar de cara, nem fingir um pedaço. Só que seja amigável.

E até da tua abordagem, eu tiro: tu me demonstra abrigo (O que me deixa tão, tão menos aflito). Às vezes é só o que preciso: observar teu desejo, se(nti)r tua vontade. De verdade, quando o outro precisa de você, você sente, por mais que pareça inconsequente.

É o tal verbo eloquente.

Alto e alterado, preso no meu sincero fracasso, meu único descompasso se torna você, seu olhar, seu observar, seu tentar falar, sua novidade anunciar.

Você é um sonho que tive acesso e somente o que te peço é o nosso processo. Que ele seja concreto e etéreo ou como tiver que ser e vem-sendo. Tão mágico ver ele crescendo.

Até sua pele me atrai e eu nem me recomendo mais.

Algo tão perto, mas tão longe assim. Como deve ser complexo, o sonho do arlequim? A mim, você me parece enfim, dentro de mim e num relapso de costume te mostro pra você. E agora até teu perfume, é algo impossível de esquecer.

Mostra então o que pensa de mim do teu jeito, aquele que lhe for mais afim. Porque somente assim poderei me ver dentro de ti, aproveitando o fim pra te ocorrer um pouco de si.

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