quinta-feira, 15 de abril de 2010

No fim (ou não)

Quando apagam-se as luzes
E os sonhos,
(O escuro é mais unitário
Que o claro)
Os humanos conseguem
Se olhar nos olhos.
(No fim os homens
Podem ser iguais)

E finalmente
Me enxergo igual a você
(Sem poder ver podemos nos amar
Sem pensar, sem julgar)
Sem esperança
E nem nada certo no amanhecer.
(Desesperados
Precisamos de antenção.
E sem saída,
Consultamos o coração)

Me sinto bem no caos
(Por isso o maior bem
Que pra ti desejo
É a sua própria
Desconstrução)
Me sinto igual!
(Não há salvação!!
Só queremos nos reconhecer em alguém
Que possa nos segurar pela mão)

Respiro
Não mais só.
(Quando apagam-se
As luzes de fora
Precisamos acender
O que há por dentro)
Posso ver em seus olhos
Algo pior.
(Não espero nada mais
Não me julgam mais)

(Mas pelo menos agora)
Não há diferença
(Mas pelo menos agora)
Entre o bem e o mal
(Mas pelo menos agora)
Entre o resto e a sobra

Atingimos o limite
De nossa própria
Organização...

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