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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Aperte o Botão Pra Continuar

Continue a andar e se recuse a recusar, enventualmente você irá achar um lugar, uma cura ou o que há de haver e de esperar. 
Continue a observar e se atente nos fatos que pode, sem se importar no que passa ou deixa de estar em sua visão limitada, graças a deus.
Parece que há e sempre houve algumas linhas, do tempo, do momento, mas é certo que isso nunca irá vir a importar, em, até mesmo, qualquer lugar.
O que sempre há de te encontrar e te fará reconhecer fatos sobre você é somente o agora, esquecendo passado, futuro ou pretérito (que é que isso ainda venha a significar).
Existe um caminho, o seu. Existe um. Aquele que se forma dia-a-dia e transforma sua rotina a cada ano que passa ou (re)encontro que te perpassa.
Não que haja um ditame ou destino, mas há o fortuito fato de que há você e só você poderia ser, só seus passos te fazem seguir e só sua própria gana de acordar sabe e te entende como é de fato estar.
Não tenha medo portanto de não saber onde pisar, se aquele passo é o mais correto, certeiro ou incerto. Ele é apenas seu passo. Seu caminho, sua parte. E renasce a cada amanhecer.

domingo, 15 de março de 2020

Se(nti)r

Se mostra, do jeito que te for mais confortável. Não precisa falar de cara, nem fingir um pedaço. Só que seja amigável.

E até da tua abordagem, eu tiro: tu me demonstra abrigo (O que me deixa tão, tão menos aflito). Às vezes é só o que preciso: observar teu desejo, se(nti)r tua vontade. De verdade, quando o outro precisa de você, você sente, por mais que pareça inconsequente.

É o tal verbo eloquente.

Alto e alterado, preso no meu sincero fracasso, meu único descompasso se torna você, seu olhar, seu observar, seu tentar falar, sua novidade anunciar.

Você é um sonho que tive acesso e somente o que te peço é o nosso processo. Que ele seja concreto e etéreo ou como tiver que ser e vem-sendo. Tão mágico ver ele crescendo.

Até sua pele me atrai e eu nem me recomendo mais.

Algo tão perto, mas tão longe assim. Como deve ser complexo, o sonho do arlequim? A mim, você me parece enfim, dentro de mim e num relapso de costume te mostro pra você. E agora até teu perfume, é algo impossível de esquecer.

Mostra então o que pensa de mim do teu jeito, aquele que lhe for mais afim. Porque somente assim poderei me ver dentro de ti, aproveitando o fim pra te ocorrer um pouco de si.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Olhares penetrantes

Olhares como esse nos fazem cair. Olhar pro fundo de nosso (próprio) olho é como olhar no fundo de nossa alma e nos aceitar como deveríamos ser aceitos por todos.
Ser livre, portanto é olhar nos olhos e não ter medo, julgar ou pré-conceber, qualquer coisa.
Se apaixonar e deixar acontecer de ficar parado mais de 30 minutos olhando alguma planta que você pensa ser uma mutante, pois surgiu de ontem pra hoje é tem o organismo perfeito, como quem vive mais de 100 anos.
Seu olho, dentro do meu é como uma faca em toda minha existência e acaba por corromper até meus velhos ossos cansados, me fazendo viver como a muito não lembro de fazer.
Melhor que conversar, é olhar.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Por ti...

Gostaria,
meu caro,
de te fazer um único pedido,
então:
me deixe sozinho.

Não me procure,
nem deixe ninguém o fazer.

Me deixe só.
Me deixe aqui com minhas angústias.

Deixe que os meus medos,
receios
e lamentos interiores
me fitem diretamente em meus olhos.

Preciso conhecê-los
e enfrentá-los
em um nível pessoal.

Sinto falta das palavras
solitárias e únicas
que saem da minha boca
enquanto estou vazio.

Preciso direcionar,
apenas por algumas horas,
ou alguns anos,
a minha inteira atenção a mim,
meu coração e,
especialmente meus medos escondidos.

Chegou a hora de re-virar
meu olhar para dentro.

Preciso de distância das horas,
do tempo,
dos deveres
e da bendita razão.

Só assim,
depois,
vou poder e conseguir
me dar por completo,
me entregar,
me soltar,
deixar fluir.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Sobre o fim do mundo e as histerias coletivas

Porque todos de repente se preocupam com algum fato irrelevante e geralmente ilusório? Porque se desesperam a ponto de perderem o controle de suas vidas e rotinas pífias e sem graça? Porque desejam e as vezes lutam por vitórias enganosas e por vezes autodestrutiva?
Temos mesmo um instinto totalmente suicida? Realmente acreditamos que nada pode ser pior do que continuar a viver exatamente da mesmíssima maneira pelos próximos 10, 15, 20, 25 anos? E chega a ser injusto, então, ser, ter, parecer, encenar, algo que não é, não tem e não vive?
Uma saída razoável e bem plausível seria a de algo maior existir.
E se algo maior resiste, um dia passamos a nos sentir impotentes, fracos, pequenos. Sentimentos mesquinhos demais para a natureza humana, natureza essa, obviamente, selvagem e violenta.
A melhor resposta seria o silêncio. O vazio. O não. O fim, enfim.
E o fim, finalmente, atrai e fala sobre a que veio, ou ao que virá, ou, ainda, ao que deveria findar.
Amamos a impotência, pois já acreditamos e nos adequamos a não se incluir, a sermos inferiores, ou pelo menos, sempre nos ensinaram isso, nas escolas e jantares em família.
Deixamos-nos ficar por baixo e nunca gritar. Pois é mais fácil assim.
Porém alguém, alguma hora, tem que sempre citar uma antiga profecia, ou uma antiga crença que insiste em nos dizer aquilo exatamente que queríamos ouvir: O mundo vai acabar no dia 21 às 21 horas, pois simplesmente encerrou-se mais um ciclo, ciclo este que é sucessor do que detonou toda a vida dos dinossauros, os todos-poderosos, antes da gente, antes de deus.
Seria como uma salvação às avessas. Pois já nos acostumamos a estar por baixo, mas imaginar um governador, um estadista, um presidente, um rei ou um papa ficar por baixo e sofrer, por alguns instantes que sejam, como nós sempre sofremos, sofrer mais até por ver seu ter se perder, isso, sim, seria um sonho e uma retaliação à nosso ser ou haver interior.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Arte-Vômito

Depois de me perguntar em algum momento sobre o que havia de escrever, pintar, construir ou amar...
Sobre o que é e de onde vinha a supervalorizada coisa chamada de inspiração. E porque era tão necessária.
E por pensar nisso perdi um pouco da sensitividade (ou seria sensibilidade mesmo?) e da honestidade de escrever e falar ou gritar sobre algo, alguém ou sobre eu mesmo.
E, por tempos, só houve a seguinte, atenuante pergunta: De onde vem a inspiração?
Da onde sai os sonhos e as palavras e idéias que realmente valem a pena?
De que buraco fundo e fantástico tiram, os artistas e os gênios, suas loucuras bem-guiadas e loucura bem-direcionada?
Ou, e principalmente, como poderá, aquele garoto pouco costumeiro e inocentemente sociável, demonstrar e avaliar o sua própria visão de objetos, paisagem, valores e outros objetos cotidianos e aparentemente sem muitos atrativos se ele não estiver minimamente inspirado?
Depois disso, me vi tendo uma pequena hora de inspiração e, desta vez, ao invés de usá-la e criar coisas maravilhosas, ou no mínimo libertadoras para mim mesmo, resolvi pensar na liberdade e na causa de o resultado de uma inspiração ser quase sempre algo como o vômito de partes importantes que pesavam no seu estômago e não te fazia tão bem...
Percebi, então de onde a inspiração vem e poderá sempre vir...
A inspiração vem da liberdade, ou de momentos livre, em que se deixa pensar no que se quer pensar, e mesmo que não possa agira spobre algo, acab-se, termina-se quase sempre pondendo recitar sobre seu próprio vômito e o que aquilo pode influenciar e redefinir os olhares de outras pessoas.
O que posso dizer além disso é que a arte é a única coisa realmente amável deste mundo.
Te amo Arte-Vômito.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O grande rio que ruma...

Sabe, era noite e tinha ficado frio de repente, sem ter nem pra quê. E o frio encostava e ardia dentro da sua orelha fria. E isso não era quente, nem nada, era triste e balbuciante. Ter você ao meu lado parece brilhante, esquece-se os diamantes. E a guerras, travadas dentro e fora dos vasos ou mins. Somos torturados ao nascer e ter que respirar o mesmo ar, antes respirados por restos. Sabe, querer sorrir e aproveitar, descansar e deitar se tornam novas opções sem muito apelo ou lógica. E tudo adquire um tom mais neutro, acizentado e parece querer te dominar e te faz querer sempre descansar. Pois suas retinas não aguentam mais fitar o nada enquanto a cabeça quase estoura de tantos pensamentos e sentimentos de merda que parecem sempre lindos e maravilhosos e resultam em dúvida, ciúme e rancor. Queria não pensar, esvasiar a mente e deixar fluir, sabe? Como aquele velho rio que parece sempre me fazer me olhar e seguir. Não aquele seguir que te faz querer chegar em algum lugar ou ser campeão de alguma coisa. Seguir apenas porque não há outra escolha e deixar rolar parece uma opção muito mais válida e coerente de se fazer, quando existe uma correnteza inteira te empurrando, mesmo que seja em direção a uma cachoeira deslumbrantemente caldolasa e alta.

sábado, 18 de junho de 2011

Subentender, a arte de sobre(viver) em sociedade

Ela realmente preferia conssentir e compreeder.

Por subentendido entenda-se apenas como o não-dito, mas entendível.

E preferível.

E quis subjulgar, antes mesmo de julgar.

As palavras, ou armas.

Caiu e calou.

Deitou e dormiu.

Sorriu e não rio.

Ela preferiu o navio.

E deixou subentedido a água e o frio.

Ou o calor do silêncio-dor.

Esqueceu seus versos e abriu mão do processo.

Dá trabalho construir alguma coia, mais fácil é (con)seguir.

Não agir e sempre, fruir.

Lembre-se sempre de corrigir.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O naufragar

Andei meio esquecido de mim mesmo e dos outros ao redor, andai pensando em não pensar.
Tô tentando parar de ter que ser alguém.
A vida é um rio, sim, e você deve deixar fluir.
Mas (além de não ser tão fácil se largar assim na mão de qualquer rio) existem partes, e muitas passagens que são caudalosas, agitadas, difíceis, doloridas e sem qualquer calmaria tão sonhada.
Sozinho.
E o solitário sempre enjoa da companhia de sua única parceira, a solidão.
Mas deseja...
E o desejo é como uma tentação, um pecado. Ser sempre atraido pela solidão.
E desejoso de um final feliz, quer apenas dormir, como sempre. Fechar os olhos, descansar e esperar chegar aquela hora em que o rio estará mais calmo, sem pedras ou outros obstáculos, mais fácil de navegar.
Mas, além disso tudo e um pouco acima, num lugar conhecido como coração ou cabeça, existe aquele preguiçoso, que cansou disso tudo, mas que lá no fundo continua a desejar, sonhar, um final mais calmo do que exatamente feliz.
A calma pode durar mais tempo que a felicidade.
E por isso negar aos desejos da carne, ou aos instintos, ou mesmo levantar, sair do barco e ver que o rio não é tão fundo assim, pisar na areia, ou pequenas pedras que têm no leito do rio, e então tomar o rumo da porra da sua vida, mesmo que para voltar atrás seja dificílimo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Still Young

Um dia, uma mãe de um amigo meu me disse que acreditava que eu era punk e usou a seguinte justificativa:
- Ele ama ela.
Demorei alguns anos para perceber o quanto isto fazia realmente sentido para mim, ou, ao menos, para a lógica.
Fez sentido no dia em que substituí o "ama ela" por "tinha uma paixão exacerbada por ela".

Paixão.

Rubra, vital, quase sangue, paixão.
Talvez a única razão para estarmos vivos seja a paixão.
Temos paixões mil e todas são encaradas do mesmo modo.
Ao amar, ou seja, ultrapassar os limites de estar apaixonado, passamos a viver por aquele, aquela ou aquilo.
E gostamos de nos apaixonar.
Só uma vírgula,
Já percebeu que amar é verbo e paixão não?
Só um ponto.

P.S.: E nunca desistimos de uma paixão.

P.S.2: Se apaixonar pela liberdade e passar a amar ela é foda!

P.S.3: Não que seja fácil se apaixonar pela natureza humana, seus instintos e vontades, ou pela própria vida, com todas suas rotinas.

P.S.4: Mas amar o natural, selvagem, liberto, feliz é muito mais complicado.

P.S.5: Give a fucking shot one bullet in your brain, please.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sinceridade

Sob este ar,
Cansado,
Sem deuses ou musas
Ao meu lado,
Inspirar
Torna-se o ato
De tragar
O ar.

Fumaça,
Sólida ilusão,
Que se desmancha
Próxima ao chão.

E o ar,
Pesado,
Continua a me forçar.

Está,
cada segundo,
Mais difícil de levantar.

Sinceridade,
Fácil aceitar,
Difícil conquistar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Crenças, dores e amores

E talvez seja hora de acreditar em algo.
Existente ou não.

Parar de estar tão só, sempre.

Ter um porquê.
Ou ao menos, defender,
Com absoluta certeza,
O porquê.

E daí, passar a fazer
Por onde.
E aonde estiver,
Vai poder falar.
E assim olhar
Para dentro de si próprio
Tão facilmente quanto observa e entende os outros.

Sempre acreditei.
Nunca, nunca presenciei
O amor pleno.
Sem nenhum "a menos".

Ou mais...
Nunca vi aquele que satisfaz.

Será hora de desacreditar da dor
E parar de sofrer por amor?

Mas no ato, passo a acreditar no fervor.
E no tato, percebo de algo com muito mais valor.
E no contato, reparo que não há fato
Que vá curar, plenamente, essa dor.

Pois assim te reapresento o amor.

Te abraça e te entende.
Te toca e tu sentes,
Que ali está a única razão
De não andares mais em vão.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A folha branca sempre me parece tão mais interessante

Saber que ao virar as páginas de seu caderninho recém-comprado em qualquer mercadinho de bairro (ou condomínio), ele irá se deparar com mais e mais folhas em branco.
Esperam apenas existirem e esperam, ansiosamente, serem preenchidas de riscos ou palavras.
Ele admira a capacidade de ser folha em branco e passa a idolatrar aqueles que conseguem viver sem nada, apenas existindo, como folhas em branco e esperam serem escritas ou rabiscadas, mesmo sendo lindos, assim, em branco.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O hardcore nunca vai morrer, mas você vai...

Os parêmetros já foram traçados.
Os caminhos foram escolhidos.
Agora vamos brincar,
Vamos bagunçar,
Vamos dançar,
Vamos criar o caos
Ou o mal.

Vamos matar,
Vamos aproveitar,
Vamos transar.

Vamos não ligar,
Vamos desapegar,
Mas não totalmente.
Nunca consiguiríamos.

Vamos... não mais esperar.

Sim, queremos dançar.
Não queremos cuidar.

Queremos tudo,
Queremos mais.
Nada mais nos satisfaz.

E até o porquê foi esquecido.
Esquecemos até do perigo.

Mas já prevíamos.

"Vamos agitar a procura de um lar"
Mas esquecemos de perceber
Que o lar é seu ser.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O desapego volta a bater em tua porta, mesmo que não queiras reconhecer o futuro

Acho que algum tipo de sabedoria nasce quando se desiste de julgar as coisas ou pessoas.
E é fato que jamais será conhecido, reconhecido, invetado, merecido ou desejado qualquer previsão, idéia ou relato sobre o futuro em si.
E em si, prefere procurar por ti.
Esquece-se de encontrar a si prórpio e mergulha num daqueles mares profundos e significativos, observados pelas lentes oculares, pupilas e outros corte-caminhos para a alma de outras pessoas.
Gosta, agora, de julgar não mais os outros, e sim a si próprio.
E lhe confere uma carga tão pesada e difícil de carregar, quanto pífia e vazia.
Dificulta seu próprio caminho inventando trejeitos de se reinventar por não estar satisto com sua própria imagem ou modo de vida.
Precisaríamos, então, também nos esquecer. And then, go on.
E tomaríamos um caminho quase impensável, rumo ao desapego.
Assim, nos tornaríamos livres?
Se parassemos de nos preocupar com absolutamente tudo e pudermos até nos apagar de nossa própria memória, seríamos felizes?
Sobrevida ou selvagem?
Comprar ou pagar?
Desejar ou amar?
Parar ou sonhar?
Ter ou desapegar?
Seria tão fácil soltar tudo a que nos prenderam a tanto tempo?
Seria seguro, desejoso?
Ou seria solitário e nos faria sentir desamparados e abandonados?
No fim a melhor opção sempre será tentar parar de notar tanto as coisas.
Desapegar até mesmo de suas opções, opiniões, conceitos, ideologias e crenças, mesmo aquelas não-intencionalmente grudadas em sua mente.
Soltar e deixar de tentar pegar tanto assim.
Só é possível voar assim, permanecendo vazios.
E lá nas nuvens, por sua vez, vai passar e talvez quebrar o próprio arco-irís, e verá que se tornou mais fácil, estar completo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Loucura

O problema dos dias atuais é que, além de estarmos todos loucos, encontramos outros que nos amam e encorajam nossa loucura.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Balbúcios de um coração que insiste em tentar ser pequeno

De repente, percebo que as pétalas daquelas rosas vermelhas, que me deste para mostrar a cor rubra e intensa de sua paixão, tem o mesmo toque sedoso, macio, acalentador, suave e liso da sua pele.
Gosto de perceber acasos loucos que me trazem até aqui.
Adoro lembrar das tardes e dos óculos como sonhos cinematográficos que gravaram em nossa memória para sempre.
Titubear é verbo velho e ultrapassado que não encaixa mais em parte alguma, entre nós.
Te tenho por inteira.
E saber que o toque da sua pele, o qual a rosa me fez recordar, pode ser tão simples e acessível como saber que poderei talvez tocar outras rosas, enquanto elas se encontram no mesmo vaso.
E posso sofrer a angústia do talvez, por ter mais opiniões...
E gosto de pensar naquele antigo amor.
E em como ele era calmo, terno, seguro, clichê e delicioso.
Mas em como, principalmente, ele se tornara chato após alguns anos de convivência e romantismo.
Mas a ternura nele me atraia.
E talvez, hoje eu não seja tão romântico por motivos que passam perto da inocência, perdida outrora.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

De vez em quando se batem comigo nas festas e percebem que estou lá.

E saber que os otários são sempre os mais sinceros e que acreditam nas pessoas.
Isso me faz pensar que hoje em dia todo gênio que deseje viver de sua criatividade, deve ser, no mínimo, engraçado.
E assim, vivemos num mundo de palhaços-de-festas-de-criança, daqueles com maquiagem de tinta guache e com a testa sempre suada.
Aprecia-se os filhos-da-puta.
Admira-se a mentira. E sim, a verdade quase sempre causa repúdio e faz os plausíveis se sentirem culpados e se esconderem.
Mas essa culpa, quando divertida ou engraçada, gera frutos, vale dinheiro e prestígio tardio.
E os palhaços sempre assustam os inocentes e as crianças. Principalmente aqueles que nos passam angústia e medo no olhar.

P.s.: Escrito em Novembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Corações, Caixas e Trogloditas

Era um dia frio, a chuva caia e eu estava sentado na escada do colégio escrevendo aquele velho diário que me ajudava a ser eu mesmo.
E naqueles dias, naquelas últimas 10 ou 20 páginas, só haviam palavras sobre ela.
Sobre o vento que batia nos seus cabelos pretos e os fazia voar sobre seu rosto, escondendo seu olhar e alisando seus lábios.
Sobre o modo como a farda lhe caia perfeitamente bem, como que um tecido de seda.
Sobre como o ar a sua volta parecia bem mais perfumado.
No caderno, também haviam desenhos.
Corações e caixas.
Nas caixas eu me encontrava, sempre com medo do que podia encontrar fora delas.
Nos corações, apenas ela.
Enquanto escrevia e desenhava. A olhava a alguns metros de distância.
A via feliz, sorridente. Rodeada de amigas, tão ou mais bonitas que ela.
E via também vários pretendentes. Que, diferente de mim, tinham mais coragem.
E iriam falar com ela, cara a cara.
Por um momento eu quis ser como eles.
Mas sempre acabava da mesma forma.
Ela lhes dava a chance e eles lhe davam lágrimas em troca.
Eu não conseguia entender porque ela não aprendia.
Porque ela não examinava e percebia que meninos corajosos demais, fortes demais, bonitos demais ou perfeitos demais, não se preocupavam com ela e sim com eles próprios?
Porque ela se deixava ser acalentada por outro quase igual ao que acabara de magoá-la?
Eu não entendia e passei anos a estudar isso.
Resolvi um dia perguntar.
Sim, eu a amava, mas não iria me declarar, iria simplesmente perguntar o porque ela gostava de sofrer sempre os mesmos pesares, só para estar com um deles.
Juntei todo o resto da minha coragem e fui, firme e determinado.
Ao chegar nela ela olha nos meus óculos e me dá um sorriso amarelo, olha para o lado e acena com o braço.
Um daqueles trogloditas, o atual, vem e sem falar nada me dá um soco no rosto.
Depois a agarra pela cintura e olhando com desprezo para o chão, onde eu me encontrava, me diz apenas:
- Tá maluco idiota? Vai querer falar com a minha menina?
Olha pra ela e lhe dá um beijo, aperta ela com força na cintura e saem caçoando de mim.
Apanho meus óculos quebrados, ponho no rosto e levanto, entendendo um pouco mais sobre aquela relação doentia.
Ela precisava se sentir protegida.
Ele precisava marcar seu território.
Enquanto eu só precisava de amor.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Utopia do amor imor(t)al

Eu quero que nenhum amor morra,
Suma ou se desfaça.
Eu quero que nenhum amor morra,
Não finja, nem disfarça.

Não quero feridas,
corações partidos
Ou mágoas.

Quero você aqui
Exatamente onde
Meu sentimento deságua.

Não quero que o amor morra
Ou seja pouco louvável.
Não quero que o amor morra
Eu prefiro o infindável.

Choro por novos olhares,
Eles se revelam, intimidade.

E nos becos sórdidos,
Achei o óbvio:
Isto foi longe demais do lógico.