segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O vazio molhado dos olhos dele

Me olhou com firmeza.
Certeza tinha,
De que o mundo definharia.

Se antes regojizava-se
Da alegria.
Hoje, ele só dormia.

Sobre as ruas,
Andava com cuidado.
Chegava a ver um ou outro buraco.

Seus olhos miravam o chão.
Não queria mais brincar, então.

Prefiriu contemplar,
Se esqueceu de sonhar.

E a água no seu olhar
Me cobria de razão.
Por ter feito dele são.

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