quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O leve toque do ar condicionado e suas consequências para a solidão (ou Preliminar)

Só.
E os objetos parecem mais intangíveis.
Os pés quase não tocam o chão e as mãos não se encaixam umas nas outras.
E nem há outras por perto.
O jeito é flutuar e esperar.
Flutuar e esperar a hora de poder sentir algum toque.
Prefiro toques suavemente distribuidos pelo corpo, quase que não tocando a pele, do que toques desesperados por prazer.
Quero me arrepiar.
O olhar arrepia e ludibria.
Mas e o amor?
Este existe quando ainda não há toque?
Posso amar algo que não toquei?
Ou é melhor dizer que apenas gostei?
Sentir falta de ar é pior que precisar de ar?
Preciso te olhar nos olhos para te fazer gozar?

Peles ficam realmente mais sensíveis no frio.

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