sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A velha sindróme do centro do universo

Esperou o dia raiar para dizer que nada mais era tão igual.
E que aquelas reais esperanças, de quando se tem 10 anos, realmente, não existem mais.
E o que resta é um lugar vazio, esperando por um complemento, ou algo que distraia e faça pensar em algo menos intenso.
Gostaria de ver os dias passando de longe, só para não se deparar com aquele velho sentimento juvenil e ultrapassado.
Ter medo de pessoas não é tão normal quanto possa parecer, já que o ser vivo que mais nos relacionamos são as próprias pessoas.
E elas te olham nos olhos e passa a ser muito difícil encarar de perto.
Ainda mais se esta pessoa ativar sua empatia.
Isso não é fácil e falar algo pode ser a pior saida quando se pensa em mais de uma possibilidade de compreensão.
O silêncio, nessas horas, não apetece tanto mais.
E incomoda a ti.
E a sentir que os outros também se incomodam.
Velha sindróme do centro do universo.
É talvez infantilidade demais, pensar que algo infitito vá ter um centro.
Por que até mesmo em partes limitadas, como corpos, não consegue encontrar centro ou direção alguma.
Difícil, então, rejeitar novos contatos, de pele, de saliva ou de idéias.
Porém mais fácil que expressar algo dúbio.
E isso se torna triste a partir do momento em que se quer poder dividir algo, mesmo que este algo seja um pequeno espaço neste infinito universo o qual sempre achou (e quis acreditar) ser seu centro esquecido.

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