domingo, 20 de junho de 2010

Brisas indesejáveis e 'nortes' pessoais

Começo meu dia olhando o céu.
Se ele estiver escuro, estou bem, se ele estiver claro, saberei que será um dia difícil de enfrentar até o fim.
Abro os olhos e não vejo ninguém. Imagino o porque do mundo ser visto em primeira pessoa.
É chato.
Queria poder observar em outros olhos.
Queria saber como eles veem o mundo.
E como conseguem engolí-lo.
Eu estou farto.
Não aguento mais sentir o peso disso tudo sobre mim e mesmo assim não tenho coragem.
Admiro e odeio os corajosos.
Eles esnobam ter conseguido o que sobrou de nós.
Eles sabem gesticular e falar.
Eu paro.
Observar, virou uma postura indesejável.
E ninguém consegue viver sem palavras.
Pelo menos, não eu.
Queria poder ditar a estes incautos sobre o poder da vida. Ou o poder de não conseguir viver como todos.
Queria poder gritar a todos que a loucura só vem da carência.
E que quando alguém se importa conosco, ou com nosso modo de vida, isso se chama felicidade, para todos nós.
Somos uma geração carente e precisamos, desta vez, de mais que um líder, ou porta-voz.
Precisamos de mais que apenas uma pessoa.
Precisamos nos entender e saber que isto, é desejável, mas vai sumir, como todo o resto.
E que o desejo, provém da necessidade.
E que talvez, o que queiramos, seja apenas uma necessidade, mal resolvida.
Esperamos por algo.
Espero por pessoas.
Que me adorem.
Ou finjam isto.
Espero, na verdade, não ter me tornado só mais um desses, podres egoístas.
E passam dias, como se fossem noites.
E elas se importam com meu jeito, minha fala, meu sentimento e ainda, minha roupa.
Queria que elas não tivessem medo disso.
Queria que elas se postassem de uma forma diferente da minha.
Sempre esperar.
Meu lema, sobre as pessoas.
Pórem difícil de executar, já que poucos sabem que você existe.

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