quinta-feira, 10 de junho de 2010

A lei acima da vida (ou Sinônimos)

Minha cama nunca mais desabou, tá tudo tão seguro e tedioso.
As noites parecem cada dia mais intensas. Encaro a noite não mais como uma crinaça, mas como um passeio na montanha russa. Onde você pode estar bem e tranquilo, para logo após entrar em estado puro de adrenalina.
Produzida por você mesmo.
Droga mais que natural, instintiva.
Sexta acaba e volto pra casa. Pro lugar que já foi tão reservado. Pro lugar em que eu não queria levar ninguém. E agora anseio por uma presença, pois o quarto parece maior e, consequentemente, mais vazio.
Gostaria de ter de volta tempos em que pude sentir o fluir da alegria. Da satisfação, ao menos físcia. E não posso mais.
Noite são como armadilhas. Te pegam desprevinido.
Sonhos quentes. Olhares ardentes e nenhuma verdadeira ação.
A cena se passa em um lugar vermelho, e que ali só se manifestava e sacramentava o desejo.
Eu estava mais próximo do que poderia.
Eu estava sentindo o contato com a pele dela.
Tentei evitar, mas fazia frio lá fora.
Era melhor se sentir quente. Mesmo por fora.
Queria alguém para forçar as estruturas.
Ela estava perto, ao alcance de minha voz.
Mas, pena, ela não poderia ouvir sussuros acanhados e tão baixos.
Só, pois não pude me comunicar bem.

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